Para libertar-nos da escravidão do pecado, Deus mesmo assumiu nossa condição humana, nascendo do seio virginal de Nossa Senhora, rasgando todas as leis da natureza, continuando Deus, mas tornado também homem.
Já o Concílio de Constantinopla nos faz professar essa verdade por essas palavras: “O qual desceu dos céus, por amor de todos nós homens, e por causa de nossa salvação; e encarnou de Maria Virgem por obra do Espírito Santo, e fez-se homem”.
O mesmo São João Evangelista, discípulo tão amado pelo mestre, no prólogo do seu Evangelho nos faz repetir esse terceiro artigo do Credo quando diz que “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, para então concluir dizendo: “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós”. (Jo 1,14)
Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, encarnou-se no seio virginal de Maria, eleita por Deus para portar ao próprio Rei dos reis e Senhor dos Senhores, por isso mesmo é ela mãe de Deus, por gerar Nosso Senhor Jesus Cristo, que trazia harmoniosamente em si as duas naturezas.
Nossa Senhora deu à luz à Nosso Senhor permanecendo virgem antes, durante e depois do parto, como lhe anunciara o arcanjo, e é por isso mais que justo louvar sua virgindade perpétua e intemerata.