Há pouco publicamos um trecho do “Manuscrito do Purgatório” onde a alma da religiosa que se encontrava naquele lugar de expiação revelava que o Papa Pio XI havia ido ao Céu sem passar pelo purgatório, graças ao sofrimento que ele passara na Terra.
A propósito, conta-se que sua eminência, o cardeal espanhol Segura y Sáenz, contemporâneo do Papa Pio XI, ouvi deste último a afirmação de que ele tinha uma ótima saúde. O cardeal, bem a la espanhola, replicou: “É porque não tendes o sinal dos predestinados!”.
Meses mais tarde, Pio XI adoeceu gravemente. Pouco depois, ao ver o Cardeal Segura, disse-lhe:
— Eminência, agora já tenho o sinal dos predestinados…
Pouco tempo depois faleceu.
Quando a religiosa revelou que Pio XI havia ido direto ao Céu por conta de seus sofrimentos, sabemos muito bem que entre eles se incluem os padecimentos morais, frequentes na vida de todo cristão, quanto mais na vida de alguém chamado a uma responsabilidade tão elevada, como é a do Vigário de Cristo.
Seja como for, no que diz respeito ao particular dos sofrimentos físicos, vale a pena citar Santa Catarina de Gênova, cuja afirmação confirma inteiramente a frase do virtuoso cardeal espanhol:
“Neste mundo, as pessoas doentes acham o purgatório no seu próprio corpo.”