Por que tantos abreviam suas vidas?

Artigo publicado no jornal Alagoas em Tempo, edição de 12 a 18 de setembro/2016 | Ano 10 – Nº 745.

Marcos Antonio Fiorito *

Recentemente, participando de um grupo de estudos onde o tema principal eram as virtudes da polidez e fidelidade, pude presenciar os circunstantes se perguntando o que levava alguém a tirar a própria vida. As opiniões eram muitas: sensação de fracasso, falência do seu negócio, desilusão amorosa, depressão, desespero, uma doença incapacitante, etc.

photo credit: Speechless via photopin (license)
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Sejam quais forem as causas, parece haver algo em comum da parte de quem pensa em se suicidar: o fato de não enxergar uma luz no fim do túnel. Na escuridão, o panorama que se apresenta sugere não haver chances de se reverter o quadro sombrio.

Personagens ilustres da História e do mundo artístico optaram por este terrível expediente. Entre eles, temos o rei Saul, Catão o jovem, Cleópatra, Tchaïkovski, Rommel, Getúlio Vargas, Robin Williams, Philip Seymour, etc. Dentre os casos mais marcantes, Judas continua sendo motivo de assombro. Traiu seu Mestre, sentiu remorso, porém não teve coragem de lhe pedir perdão, enforcar-se pareceu-lhe a única saída.

A revista Super Interessante, edição 184, de janeiro de 2003, afirma que “a cada 40 segundos alguém tira a própria vida no mundo”. São dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No grupo de estudos citado, na tentativa de explicar o porquê de se chegar a tal extremo, falou-se numa possível tendência ao suicídio embutida nas pessoas que geralmente abreviam suas vidas, porém psicólogos e psicanalistas afirmam que qualquer pessoa está sujeita à tentação de suicídio. Ou seja, qualquer um numa situação em que parece não haver saída pode optar pelo pior.

Outro dado alarmante também fornecido pela OMS é que em todo mundo o suicídio é a segunda principal causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. E não existe um perfil exato do jovem suicida, ele pode ser de família abastada ou desestruturada, drogado ou bem comportado, com tendência à depressão ou não, bem sucedido ou fracassado…

O suicídio sempre esteve presente na história da humanidade e sempre estará, não há como controlar isso, porém vê-se que a orfandade espiritual faz crescer o número de pessoas que procuram respostas que deem sentido às suas vidas. Muitos lutam com o objetivo de alcançar uma situação econômica confortável e, no entanto, continuam sentindo um grande vazio interior.

A falácia do consumismo é fazer o indivíduo crer que o dinheiro lhe trará felicidade. Entretanto somos constituídos de corpo e alma, espírito e matéria. O materialismo tenta preencher nossas apetências físicas com bens temporais, porém jamais poderá atender nossos apelos espirituais. Consequentemente, a sensação de que algo nos falta perdura.

Um antigo professor de Filosofia, embora fosse meio ateu, costumava repetir o que era consenso entre muitos estudiosos modernos de Filosofia: “Na Antiguidade havia o politeísmo, então as pessoas sentiam-se amparadas pelos deuses, ainda que de forma precária. Na Idade Média havia o teocentrismo; tudo era Providência Divina e a Igreja era a mãe de todos (Santa Madre Igreja). Vieram os racionalistas e pretenderam abolir Deus do mapa. Então a deusa razão passou a ser a madrasta da civilização. E hoje, na era do tecnicismo exacerbado, não temos deuses, nem mãe, nem madrasta…”

A impressão que se tem é bem essa, de que o mundo vive uma inequívoca orfandade espiritual.

* O autor é teólogo e docente de ensino superior

Autoriza-se publicação com citação do autor!

Veja também: Os Dez Mandamentos e o mundo moderno

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